09 agosto 2011

O Princípio do Fim


Sou mineira e por isso, tenho orgulho de algumas tradições. Uma delas acabou em agosto de 2011. Desde o primeiro filme, vejo no cinema com minha mãe.
Em novembro de 2001, foi lançado no cinema o filme “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (sim, eu estou falando de Harry Potter). Desde então, foram dez anos de maratona de cinema com minha mãe e, dentro desse tempo aconteceu: a compra de todos os livros da série (e a leitura deles), a compra de todos os filmes e, a maratona em DVD de todos os filmes anteriores àquele do lançamento, bem antes do lançamento.

O que acontece é que em agosto de 2011, essa tradição acabou. O último filme foi lançado e foi visto (será comprado assim que lançado e será visto em uma futura maratona), mas não é a mesma coisa. E, olha que não escrevo sobre a história dos filmes (ou livros) que pra mim é uma das histórias mais legais e bem amarradas que eu já li. Jamais conseguirei descrever a emoção de um Expecto Patrono utilizado após o Vira Tempo naquele que pra mim é o melhor filme da série, o “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”.

Ou sobre o professor Snape que foi interpretado por um excelente ator e navegou entre vilão e mocinho durante toda a história? E Ralph Fiennes (que eu amo e casaria) que interpretou perfeitamente aquele que não deve ser nomeado e até conseguiu me dar medo. Ou a cena final, em que Harry está em um limbo (A origem? Rs) e, vivo mas enganando a todos (li os capítulos finais do último livro em uma noite. Dormi de madrugada pra isso) e como chorei no fim.

Da mesma forma que chorei no final do filme. Chorei pela história, pelos personagens e pelo fim. Acabou. E, não só acabou a série, os livros e os filmes. Acabou também a ida tradicional e certa ao cinema com a minha mãe.

É claro que ainda vamos ao cinema juntas, filmes espíritas geralmente são os principais vistos por nós. Mas, nada se compara à expectativa de ver um filme totalmente fictício e, adolescente (adulto também, né?!). Vai uma cerveja amanteigada aí?

02 agosto 2011

And I Go Back To Black...


Pra ler ouvindo: Love Is a Losing Game
 


 Mais uma vez demoro uma semana para escrever sobre um assunto marcante. Dessa vez, foi a morte (anunciada?) da Amy. E, me deparo com a triste coincidência de o último texto que eu escrevi no blog ter sido justamente sobre o show dela que eu fui.

Lembro-me de quando a Amy lançou “Tears dry on their own” e o clipe dessa música tocava em exatamente todos os intervalos comerciais do canal AXN e eu assistia a todos os intervalos comerciais do canal. Eu literalmente decorei o clipe (a música então, nem precisa comentar, rs). Gostei da letra “I'll be some next man's other woman soon” é perfeito, não?!

E, a partir daí que comecei a pesquisar sobre a Amy e gostar dela. “Back to Black” me ganhou por completo. E aí o DVD “I Told You I Was Trouble”, que é ótimo, gravado de um show e tals. Por isso, não posso “me gabar” de ter “conhecido a Amy desde Frank e vocês não, seus sem cultura e blá”. No mínimo, fodas pra essas pessoas. Desde quando é importante conhecer um artista antes que outro o conheça?

O artista é seu? E, só você tem o direito de ser fã? É necessário se gabar com o “eu vi primeiro”. Porque olha, a não ser que você seja o cara que descobriu e lançou o artista, pouco me importa se você o conheceu antes ou depois de mim. Mas, eu saio do assunto...

Voltando, fiquei feliz por ter ido ao show dela esse ano. Show esse que fiz questão de ir desde que começaram a vender os ingressos. Sobre o show, leia o post abaixo.

Desde então, nada dela. Só o show que ela não terminou (e nem começou) na Turquia (era lá mesmo? Preguiça de procurar no Google agora). Mas, voltando de novo, sempre achei foda o fato de ela escrever aquelas letras. “Back to Black” é foda também, não é?! Eu poderia ter iniciado o post com o pra ler ouvindo todo o cd, mas vocês já devem conhecê-lo. Essa música que eu coloquei não só é linda, mas tem um clipe lindo de montagens de shows. Vale a pena. Aliás, os clipes da Amy também são fantásticos. Por isso, fiquei triste. Perdemos um artista.

No dia 23 de julho eu estranhamente não entrei na internet e deixei meu celular no silencioso. Lá pelas três da tarde, dentro do supermercado, pego o meu celular e vejo uma mensagem: “Você viu que a Amy morreu? Na internet e na televisão só se fala disso”. Pronto. Ali eu já perdi um pouco do chão. Pode ser pelo momento da vida um pouco delicado que eu estava passando (com doenças na família e tals), mas pensei: “Não agüento essa”.

E, parece final de crônica ou um poema daqueles gracinha, mas no mesmo momento, tocou na rádio do supermercado a versão de "It's My Party" gravada por ela no ano passado em um cd em homenagem ao cantor Quincy Jones.

Pronto. Chorei ali mesmo.

Que ela vá com Deus e que tenha muita luz no caminho.