02 setembro 2011

A Viagem

Fernão Dias

Sempre quis conhecer Aparecida. A Basílica sempre me pareceu de uma grandeza e beleza única. Acredito que lugares construídos por fé e devoção são especiais. Por isso, gosto de visitar igrejas. Elas exercem um fascínio em mim impressionante. Nota para a vida: conhecer Roma.

Mas voltando, meu pai foi a Aparecida uns dois anos atrás e me prometeu que iria comigo um dia. Enfim, esse dia chegou quando eu entrei de férias em agosto desse ano. Decidimos ir de carro ao invés de avião. O carro faria com que pudéssemos passear dentro da cidade e entre cidades. Decidimos também, conhecer a Canção Nova (renovação carismática da igreja católica) que fica em Cachoeira Paulista (20 minutos de Aparecida pela Via Dutra).

Então fomos. Saímos em uma quarta-feira cinco da manhã e pegamos estrada. Viajamos até meio dia. Estrada boa, sem chuva e o Sol não estava tão forte. Pegamos a rodovia Fernão Dias até Varginha e de lá foram várias MGs até chegar a São Paulo.

Ficamos em Cachoeira Paulista (a cidade é mais tranqüila e mais barata que Aparecida) e de lá mesmo conhecemos Canção Nova, que é grande também, (dizem que tem 5.000 funcionários) possui um canal de televisão e uma estrutura enorme. Um galpão do tamanho de um gramado de futebol (medido no olho mesmo) para as missas maiores e um galpão menor (metade do tamanho do maior). Tem lanchonetes e cafezinho por R$0,50. Além de missa, claro. E, loja de brindes, claro também.

Na quinta-feira, fomos cedo para Aparecida. Nem preciso mencionar o quanto achei a Basílica linda. Lá dentro, tudo transmite uma fé e devoção sem tamanho. Gente chegando de joelhos, gente que foi do sul de minas pra lá a pé, gente de toda a América do Sul (Argentinos, Uruguaios e Bolivianos cantando Ave Maria em espanhol para a imagem da santa original está na minha memória das coisas mais belas que presenciei).

Histórias de milagres e uma sala enorme cheia de presentes de gratidão, de graças alcançadas, de agradecimento. A sala de velas enorme e toda queimada praticamente. Na torre, um museu que emociona com as histórias (quem for não deixe de ler as histórias do cavalo na pedra e da menina cega).

E, também brindes, um mini-shopping e uma praça de alimentação muito boa (come-se de tudo por R$ 10,00). Ou seja, não precisa ir à cidade de Aparecida. Só a Basílica já basta. Quem está de carro chega fácil e quem vai de ônibus, a rodoviária é do lado.

Voltamos para Cachoeira para dormir e na sexta-feira de manhã fizemos nosso caminho de volta, porém com uma mudança: decidimos passar por Campos de Jordão. Subimos a serra e chegamos à cidade mais charmosa de São Paulo. Estava frio demais, choveu e depois abriu um Sol danado. E, isso tudo em 2 horas e meia que ficamos na cidade. A cidade é linda e cara. Fiquei boba com os preços de tudo lá. Realmente precisa ser rico para existir naquela cidade.

Depois de uma breve visita, voltamos para Minas Gerais. Em resumo, entre paradas no Graal, pão com lingüiça da estrada, caminhoneiros loucos cortando, confiança nas estradinhas do guia 4 rodas... Valeu muito a pena essa viagem! Pela beleza da vista e das visitas e pela companhia! Quem diria que um pai de três filhos homens iria se aventurar na estrada com trechos desconhecidos com sua única filha? Pois é.

Eu e Papai em Campos de Jordão
Valeu a pena e recomendo muito pra quem curte esse tipo de viagem. Eu acostumei tanto com avião que tinha me esquecido como era viajar de carro e, digo que se essa viagem fosse de avião, não seria tão legal assim. Viajar de carro tem uma magia. Ver o Sol nascer, ver o Sol se pôr na estrada é sem preço. Da mesma forma que entrar em várias cidadezinhas de Minas Gerais, daquelas pequenas e lindinhas e ver também em frente Três Corações um Pelé gigante anunciando a cidade. Pena que não entramos em Varginha pra ver o E.T., única falha da viagem.