31 janeiro 2010

Rapidinhas


Duas coisas que quero comentar sobre esporte, primeiro do Roger Federer, que a cada torneio se firma como o melhor do mundo de todos os tempos e, que a cada torneio me conquista mais como fã. Tenista clássico, não perdeu a cabeça em nenhum momento na partida contra Murray, pela final do Grand Slam Australian Open.
Mereceu ter ganho, está feliz e sadio. Dá gosto de ver qualquer partida dele.


E segundo, que ontem foi a primeira transmissão de um jogo de futebol 3D, jogo entre Arsenal e Manchester United. A transmissão foi em pubs londrinos, com óculos 3D para os vip que tiveram direito à essa primeira partida. Na verdade, a qualidade 3D para jogos ainda está um pouco distante do ideal, afinal, nenhum jogador que chutou a bola deu susto nos espectadores. A transmissão serviu para promover um canal a cabo de esportes em 3D (que eu desconfio que seja o ESPN). Mas enfim, será uma tecnologia muito bem vinda para o esporte.

In the Air


Fui ver "Amor sem escalas" esperando uma comédia, pois o filme foi divulgado como comédia em praticamente todas as críticas que eu li. Talvez seja pelo momento que eu passo na minha vida ou talvez seja o filme mesmo, mas ele é triste, viu.

Não achei isso tudo que todos falaram após ser indicado ao Globo de ouro não. Acho inclusive que o George Clooney mais uma vez interpreta ele mesmo e em nenhum momento eu consegui separar o ator do personagem, com as manias e 'tiques' e até com a forma de viver a vida 'sem filhos'.

O filme conta a história de um cara que vive de demitir pessoas, a empresa que ele trabalha é contratada por outras empresas para que possam demitir os funcionários e oferecer um futuro melhor.

Clooney interpreta esse cara (Ryan Bingham) que viaja por todo o país sempre. Considera o avião a sua casa (Ta aí o título original: Up in the air) e tem um sonho de acumular dez milhões de milhas. Ele tem pavor de voltar para a casa, pois realmente gosta de hóteis e aeroporto. Não gosta de compromisso e casamento e nunca quer ter filhos. É um cara sozinho, mas feliz por ser assim.

O legal e nem tão legal assim do filme é que, as pessoas demitidas não são apenas figurantes, são pessoas realmente demitidas na vida real e, em alguns momentos os depoimentos e choros parecem reais e comovem.

A parte triste é quando Ryan se descobre apaixonado por sua versão feminina, interpretada pela bela Vera Farmiga, que é independente, também viajante solitária, mas que em determinada parte do filme, o decepciona.

Recomendo o filme para todos, mas reafirmo que achei o filme triste. Depois, me conte o que achou.

18 janeiro 2010

Los Abrazos Rotos




Fui assistir ao filme "Abraços Partidos" do Almodóvar sem grandes expectativas. Acho que porque eu gostei muito de "Volver" e "Fale com Ela" e que "Mulheres à beira de um ataque de nervos" tenha me apresentado ao meu "cinema novo". Por isso, não gosto de criar expectativas quanto ao próximo filme, o medo delas não se concretizarem é grande.
Bom, como estou aqui escrevendo um post sobre o filme, no mínimo eu gostei. E, foi isso mesmo!

O filme se passa em torno da vida de um homem (vivido por Lluís Homar) e sua história de vida. O cara era diretor e roteirista de cinema e o maior pegador de mulheres da Espanha, e até bem guapo quando jovem (Me lembrou o finado Patrick Swayze nos tempos de Gost...), até que se envolve com uma mulher casada e linda e ninguém menos que Penélope Cruz (Musa do Almodóvar) e que, por isso, tudo muda na vida de todos.

Penélope, em uma atuação mais uma vez sensual, vivendo a Mulher Fatal do filme (musa é pra isso mesmo), e claro nos mostrando que beleza é pra poucos na vida (e, a moça consegue ser bonita, viu!) , me cansa ao mostrar pela milésima vez na história do cinema os seios dela, acredito que já vi mais os dela do que os meus próprios. Faz parte do papel, dizem todos, mas creio que não precisava de mostrar no filme, sem mostrar não iria alterar o sentido da cena. Fazer o que, né?!

De qualquer forma, a história do escritor Harry Caine e/ou Mateo Blanco vivido por Homar é por vezes desfocada por Penélope. Mas, quando o personagem principal volta a ser o foco da história, passamos a entender as aventuras da sua vida e as dores do personagem. O texto de Almodóvar mantém a narrativa louca de sempre, histórias que se entrelaçam, notícias que chocam o espectador e que passam praticamente despercebida pelos personagens e discussões infundadas.

O filme é longo e poderia ser menor, a história demora muito a ser desenvolvida e compreendida e tem muitas voltas desnecessárias, mas... É Almodóvar e, ele é assim. Acostume-se ou não veja.